AC / DC

A seguir um resumo do que foi o show do AC / DC em São Paulo (Captado por Augusto Gomes do IG SP)

Já tive a oportunidade de ver a banda no lendário Rock in Rio I,no muito mais lendário ainda dia 19 de janeiro de 1985,em que se apresentaram aqui, nada menos na mesma noite, e por uma merreca em que você podia até parcelar : Whitesnake , Scorpions , Ozzy Osbourne e AC / DC.
Lembro-me que na hora em que estourou o tiro de canhão em For Those About to Rock (We Salute You) o ouvido de meu amigo Guilherme estourou junto e ele teve que ir à enfermaria...
Bons tempos em que as grandes bandas vinham ao Rio e que podíamos pagar para ver o show.

Lucao.

AC/DC empolga com rock simples e direto

Banda tocou no Estádio do Morumbi, em São Paulo

Rock n' Roll. Assim, puro e simples. Essa é a melhor definição do que foi o AC/DC em São Paulo. Sem firulas, sem adereços, sem invenções. Apenas o bom e velho rock'n'roll. Parece pouco, mas não é. Afinal, foi com esse som que a veterana banda australiana conseguiu atrair mais de 60 mil pessoas ao Estádio do Morumbi.

Fotoshow: veja imagens do AC/DC ao vivo em São Paulo

A apresentação fez parte da turnê Black Ice, que promove o álbum do mesmo nome, lançado no ano passado. A série de shows já correu boa parte do mundo, e foi uma das três turnês mais lucrativas de 2009, ao lado da Sticky & Sweet de Madonna e da 360º do U2. Apesar do sucesso, o show em São Paulo foi o único da turnê no Brasil.

A princípio, o palco impressiona pelo tamanho. Há uma imensa locomotiva no fundo, e uma passarela que praticamente atravessa todo o gramado do Morumbi. Mas, na medida que o show acontece, percebe-se que o AC/DC pouco utiliza recursos visuais para entreter o público. Eles seguram a plateia quase que apenas com o som.

E também com o carisma do vocalista Brian Johnson e principalmente do guitarrista Angus Young. Os outros três integrantes (Phil Rudd na bateria, Cliff Williams no baixo e Malcom Young na segunda guitarra) são bastante discretos. Mas, mesmo quase escondidos, criam uma base poderosa para Johnson e Young brilharem.

Fotoarena

Angus Young, guitarrista do AC/DC

O show começou com 'Rock n' Roll Train', uma das faixas do bom álbum Black Ice. O repertório soube dosar as canções novas com uma saraivada de clássicos. Começando com 'Back in Black', primeiro grande momento da noite, e passando logo depois por 'Dirty Deeds Done Dirt Cheap' e 'Thunderstruck', uma das favoritas do público.

Com 'The Jack', foi possível perceber bem claramente como o blues é um ingrediente fundamental na receita do AC/DC. Em 'You Shook Me All Night Long', o público se empolgou tanto que várias pessoas passaram mal e tiveram que ser retiradas do gramado. Na furiosa 'Let There Be Rock', Angus Young mostrou todo o seu talento num longo solo.

Outro ponto alto foi a gigantesca boneca inflável que surgiu no palco durante a música 'Whole Lotta Rosie'. Foi uma variação, é verdade, da personagem que havia aparecido no show anterior do grupo no Brasil, em 1996. As duas performances, mesmo separadas por treze anos, foram semelhantes em diversos pontos.

Por exemplo, o bis. Foram exatamente as mesmas duas músicas, 'Highway to Hell' e 'For Those About to Rock (We Salute You'). O AC/DC, como se vê, não é mesmo dado a invenções. Ainda bem: o mundo seria um lugar bem menos divertido sem o som tão característico de Angus Young e companhia.

Veja abaixo a lista de músicas do show desta sexta em São Paulo:

"Rock n' Roll Train"
"Hell Ain't a Bad Place to Be"
"Back in Black"
"Big Jack"
"Dirty Deeds Done Dirt Cheap"
"Shot Down in Flames"
"Thunderstruck"
"Black Ice"
"The Jack"
"Hells Bells"
"Shoot to Thrill"
"War Machine"
"Dog Eat Dog"
"You Shook Me All Night Long"
"T.N.T."
"Whole Lotta Rosie"
"Let There Be Rock"

Bis

"Highway to Hell"
"For Those About to Rock (We Salute You)"